quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

“A Igreja não aceitará nunca uma lei que seja contra o matrimônio entre uma mulher e um homem”, afirma o Papa

Da Agência de Notícias: Gaudium Press

"A Igreja não pode aprovar iniciativas legislativas que impliquem uma valorização de modelos alternativos da vida de casal e da família". Foi o que afirmou o Papa Bento XVI, hoje, ao novo embaixador da Hungria junto a Santa Sé. Gábor Gyoriványi foi recebido hoje pela manhã no Palácio Apostólico em audiência privada por ocasião da apresentação das cartas credenciais.


O pontífice, falando em alemão, destacou particularmente a importância histórica da Hungria na sedimentação do cristianismo no continente, há mais de mil anos, e abordou os temas da família e do matrimônio, da liberdade religiosa e da fraternidade social. Na próxima segunda-feira o pontífice encontrará no Vaticano o primeiro ministro do país, Viktor Orban.

A Hungria, país do leste europeu, depois de 20 anos da queda da cortina de ferro que trouxe a democracia no sistema político, encontra-se em um período de debate sobre mudanças em sua Constituição, ainda do período comunista. O país, que há seis anos é membro da União Europeia, em 2011 assume a presidência do Conselho do Bloco. O Papa lembrou os valores cristãos que devem inspirar a nova Constituição húngara sem falar somente na referência à herança do Cristianismo no preâmbulo.

Os valores cristãos na sociedade se referem particularmente à posição do matrimônio e da família e da proteção da vida. O matrimônio cristão "conferiu à Europa o seu aspecto particular e o seu humanismo" que hoje, por causa da difusão da lei que promove o divórcio, se encontra em risco de erosão de sua estabilidade e indissolubilidade. A lei deve garantir uma forma que o proteja.

"A Europa - continuou Bento XVI - deixaria de ser Europa se essa célula basilar da construção social desaparecesse ou sofresse uma mutação substancial".


Em seu discurso o Santo Padre falou também sobre o tema da liberdade religiosa colocada à prova durante o comunismo: A obrigação do Estado não é aquela de impor "uma determinada religião", mas de "garantir a liberdade de confessar e praticar a fé", recordou Bento XVI. "A fé pela sua específica natureza é uma força purificante para a razão".

Ao final, Bento XVI desejou sorte ao novo embaixador e invocou as bençãos de Nossa Senhora a seu trabalho e a todo o povo húngaro.

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